É um rapaz muito alegre e brincalhão. Muito magro, muito moreno, com uma presença muito assídua e com uma vontade muito grande sempre de brincar. Progressivamente fomos conseguindo conquistar a sua concentração e no segundo espectáculo em que participou, teve dois momentos especialmente relevantes só e totalmente seus. O primeiro, foi um jogo que realizou na entrada do Novo SEF em que atirava limas ao seu amigo Khalilur a alta velocidade sem nunca deixar cair nenhuma. Era a metáfora do jogo, ou talvez do jogo da roleta em que no SEF, todos se encontram nas mãos da sorte ou do azar. O segundo momento foi um dueto que realizou com um dos intérpretes, o João, em que era lançado por este ao ar como se fosse um ser único em leveza, que se elevava a uma altura muito espectacular. Estes saltos aconteciam numa corrida contra o tempo por cima de tapetes que simbolizavam as linhas de trabalho das estufas. Era um momento único em que Nayon contrariava todas as leis da gravidade e assim voava.
Fotografias de: Vitorino Coragem