A primeira vez que o Belov nos chamou à atenção foi logo na sessão inicial do 4ºano, no princípio de 2021. Era um menino nepalês adorável, robusto, tímido e extremamente talentoso para a dança. O sentido apurado de ritmo e expressão que dava ao movimento fazia os nossos olhares ficarem colados à sua presença, à alegria que transbordava dos seus gestos e rosto. Começou por representar o Sol na dança do sistema solar. Inventou um movimento com a ponta dos dedos, cheio de humor, para transmitir o brilho dos raios. Sempre que a Inês dirigia a sessão e anunciava que iriam dançar, Belov iluminava-se. De resto, falava muito pouco. Não participou nos espectáculos mas foi uma espécie de símbolo para o projecto, e ainda hoje falamos dele com muita ternura.