Comunidade Sikh

O Sikhismo é uma religião que nasceu no século XV, praticada sobretudo no norte da Índia, no Punjab. Os Sikh prescindiram da figura do Guru, acreditando que Deus e as suas leis estarão dentro das próprias pessoas. Os homens, a seguir ao seu nome, usam o nome Singh que significa “leão” e as mulheres usam o nome Kaur que quer dizer “princesa”. Acreditam na igualdade entre todos os seres humanos. As castas e a diferença social ditada pelas profissões, não existem. Dentro do turbante, que contém cabelos que nunca foram cortados, está um pequeno pente. Esse pente serve para todos os dias, ao anoitecer, o homem se pentear e ao ver os cabelos que caem na sua mão, poder pensar sobre aquilo que deverá deitar fora ou libertar-se desse dia vivido. Também os Sikh usam uma pulseira de prata na mão direita que simboliza a atenção ao que fazem com as mãos. Ao longo do nosso projecto contactámos com muitos homens e algumas mulheres Sikh. Conhecemos famílias e crianças. Visitámos as suas casas. Tivemos, nos nossos espectáculos, a oportunidade de contar com a presença de homens Sikh que nos mostraram o ritual com o turbante, que tem à volta de 7 metros de comprimento. É um acto ancestral, colocar o turbante logo de manhã para sair. Simboliza levar a religião consigo, ser portador público de uma forma de ser. Juntámos a estes rituais a música, o canto, os espelhos e a concentração. Os turbantes estão cheios de dobras e pregas, rigorosamente separados por um alfinete. Centenas de pessoas descalçaram-se, colocaram um véu e entraram em silêncio na igreja da Misericórdia, como se fosse o Templo Dourado de Amritsar.